Uma palavra que pode
definir bem os três primeiros meses de 2020 é mudança. O planeta enfrenta uma
pandemia, de um vírus letal, que tem feito com que a rotina de todas as pessoas
seja repensada. Com a chegada da Covid-19, órgãos de saúde decretaram a necessidade
do isolamento social e, com isso, escolas, comércio e outros serviços
considerados não essenciais tiveram de parar ou se adaptar.
A nutricionista Janaína
Batista trabalha há seis anos com atendimento clínico. Para não deixar de
atender os pacientes, ela os acompanha pela internet, mas acredita que a
consulta presencial é bem mais eficaz: "Eu tive que me adaptar e atender meus pacientes online. Foi a única alternativa que eu arrumei para continuar trabalhando. Alguns pacientes toparam, outros preferem o atendimento presencial. Tem sido um pouco difícil, é bem diferente do que estar no consultório. Nada como a consulta presencial, mas é um meio que estou tendo no momento".
O advogado Jamerson de
Oliveira está no sistema home office administrando os processos dos clientes.
Para ele, não tem sido uma tarefa fácil: "Antes da pandemia, eu tinha uma vida muito agitada. Eu precisava ir ao fórum, à OAB e ministrava minhas aulas. Continuo dando andamento nos meus processos daqui de casa, mesmo que os prazos estejam suspenso do Tribunal. Agora, com essa situação, estou tendo que me adequar às atuais demandas para poder exercer meu trabalho dentro de casa. Não é fácil, porque a gente que lida com pessoas 24 horas por dia, acaba sentindo falta do contato pessoal. Mas aos poucos, vou conseguindo aceitar".
Jamerson também é
professor de línguas. Para conseguir uma renda extra neste período ofereceu
aulas online e teve boa aceitação: "Resolvi oferecer aulas de inglês espanhol e francês, via skype, para poder ajudar na minha renda. Tive resposta positiva dos meus alunos e não tive nenhum prejuízo".
A professora Renata
Sbrogio, do curso de comunicação aderiu bem à mudança de passar o conteúdo aos
alunos de forma totalmente online, pelas lives. Ela conta que sempre teve uma
boa relação com a tecnologia e isso é muito importante neste momento: "Eu creio que a adaptação tem sido muito mais por parte dos alunos do que minha. Pela videoconferência consigo analisar a expressão dos alunos e ver se absorveram bem o conteúdo, de maneira bem parecida com a sala de aula. Depende da necessidade de cada ser humano, mas o contato físico é sempre importante na educação".
As mudanças podem não parar com o fim da pandemia. Alguns estudos apontam que muitas empresas vão adotar hábitos e modelos de gestão para substituir o trabalho presencial.