A Polícia Civil de Rio Preto vai tentar localizar câmeras de monitoramento que tenham filmado o assalto a um trailer de lanche localizado na avenida Mirassolândia, ou o trajeto de fuga do suspeito. Isso para investigar se é verídica a versão de que o cabeleireiro William dos Santos Carrilho, de 23 anos, foi morto após cometer o roubo à mão armada.
Por enquanto, o caso, que aconteceu na noite desta quarta-feira, é tratado como homicídio decorrente de intervenção policial.
Em depoimento, o dono do trailer afirmou que foi assaltado por um homem encapuzado, portando uma arma pequena. O criminoso fugiu a pé, levando aproximadamente R$ 500.
Pensando que a arma era de brinquedo, o comerciante e uma testemunha perseguiram o ladrão que, durante o trajeto, teria disparado tiros para despistá-los.
A vítima telefonou para a Polícia Militar e indicou que o suspeito correu por telhados de casas do bairro Eldorado.
Foi realizado um cerco.
Segundo os pms que atuaram na ocorrência, a moradora de uma residência da rua José Alvante Croce abriu o portão para que eles entrassem no corredor que dá acesso a uma edícula de fundos.
Os agentes disseram que comunicaram a entrada e pediram que o morador se entregasse.
Os pms se separaram e o cabo Soares encontrou William no quarto, com a luz apagada. Com a lanterna, ele viu que o rapaz apontava uma arma, motivo pelo qual atirou duas vezes.
Um dos disparos atingiu a mão esquerda do suspeito. O outro, o peito. Ele morreu no local.
Da casa foram apreendidos uma mochila contendo R$ 340, uma touca ninja e uma blusa, reconhecidas pelo comerciante como “iguais” às utilizadas pelo ladrão. Ao lado do corpo, havia uma pequena pistola calibre 6.35, engatilhada.
As três armas relacionadas à história foram recolhidas e serão periciadas.
O delegado Guilherme Brandão de Souza afirmou não ter encontrado, no atendimento da ocorrência, nenhum elemento que desmentisse as versões apresentadas pelos envolvidos – policiais, comerciante e testemunha.
William não registrava processos criminais.
Em nota, a Polícia Militar informou que também instaurou inquérito para investigar a dinâmica dos fatos, mas não respondeu se os pms foram afastados.