O advogado Cláudio Yuri Baptista e o matador de aluguel
Keyssel Eduardo de Oliveira vão a júri popular pela morte do advogado Thui
Seba, ocorrida em julho do ano passado.
A decisão foi publicada nesta segunda-feira, 17, no Diário
Oficial.
A juíza Carolina Marchiori Bueno Cocenzo determinou ainda
que os réus não poderão recorrer em liberdade, pois trata-se de crime hediondo
e inafiançável. “A prisão é necessária para garantir a segurança do processo,
já que os réus poderiam intimidar testemunhas e obstruir a aplicação da lei
penal”. A magistrada lembrou que “a versão dada por um acusado em seu
interrogatório contradiz a defesa do outro, o que também poderia comprometer a
busca da verdade real se eles fossem colocados em liberdade”.
No dia do crime, o sócio da vítima, Cláudio Yuri, levou Thui
Seba para o bairro Buritis, até então desabitado, sob a alegação de que
pretendia comprar um terreno. O assassino Keyssel já aguardava a vítima no
local. Yuri desceu do veículo e o matador disparou vários tiros na região do
pescoço e da cabeça da vítima, que estava sentada no banco do passageiro.
Depois dos disparos, o advogado fugiu a pé e mentiu à
Polícia, dizendo ter ocorrido um desacordo comercial durante negociação do
terreno.
Ele acabou desmentido pela investigação da DIG, que apontou
um saque recente de R$ 50 mil da conta de Cláudio e uma ligação para Keyssel,
um dia antes do crime.
A Polícia Civil acredita que o sócio encomendou a morte de
Thui Seba para receber um seguro milionário.
A data do Júri Popular ainda não foi definida.