Não bastasse o medo do diagnóstico positivo, ou o desgaste físico provocado pelos sintomas da Covid-19, quem vai à Unidade Básica de Saúde do bairro Solo Sagrado em busca de atendimento médico enfrenta a falta de estrutura do posto que, pelo tamanho, não comporta a demanda de pessoas. Os pacientes se aglomeram embaixo de uma tenda improvisada, pelas calçadas, pontos de ônibus, no meio da rua e chegam a esperar até 7 horas para serem avaliados.
Vizinho à UBS, o supervisor técnico Ailton Andrade registrou fotos do colapso e postou nas redes sociais, sugerindo que a Prefeitura providencie uma estrutura mais humanizada para quem aguarda atendimento.
Para o morador, a UBS acaba sendo um local com potencial risco de contaminação.
Segundo a Secretaria de Saúde, a UBS registra, em média, 520 atendimentos por dia. É, de longe, a unidade respiratória com mais movimento. Para se ter uma ideia, neste mês de março, a UBS Solo Sagrado atendeu 7.236 pacientes. Em segundo lugar está a UBS Caic, com 3.136. Menos da metade da demanda.
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A CBN questionou a Secretaria de Saúde sobre a melhoria da estrutura para pacientes e acompanhantes que aguardam atendimento. Em nota, a pasta não se comprometeu com nenhuma medida sugerida pelo morador. Orientou apenas que os munícipes procurem a UBS Vetorazzo, que está com fluxo menor de atendimento, mas que só atende até as 22h. A única Unidade Básica de Saúde que funciona 24h para pacientes com sintomas de Covid-19 é a do Solo Sagrado.
A Saúde informou que a população também pode buscar atendimentos nas UPAS Tangará e Vila Toninho, mas que estão localizadas do outro lado de Rio Preto para quem mora na zona norte, a região mais populosa da cidade.
