Pela segunda vez, um conselho de sentença vai decidir se o
representante comercial Guilherme Meucci Soares, de 28 anos, é culpado ou
inocente pela morte do empresário Rodrigo Fernandes Pereira, 33, após
dirigir por oito quilômetros na contramão da rodovia Washington Luís.
O acidente aconteceu em abril de 2012. Meucci tinha acabado de
sair de um casamento e, após a violenta colisão frontal, policiais que
atenderam a ocorrência encontraram uma garrafa com restos de vinho dentro do
veículo que ele dirigia. Apesar disso, o rapaz não passou pelo teste do
bafômetro porque foi socorrido em estado grave para o Hospital de Base. Já o empresário Rodrigo morreu
na hora, deixando dois filhos órfãos.
Em julho de 2017, Meucci foi condenado a 14 anos
de prisão em júri popular, mas o advogado Odinei Bianchini recorreu da decisão
e o Superior Tribunal de Justiça anulou a sentença com base no argumento de que
em crime de trânsito não se pode aplicar qualificadoras. O rapaz tinha sido
denunciado por homicídio duplamente qualificado - que possa resultar em perigo
comum, já que arriscou a vida de outras pessoas que transitavam pela rodovia, e
mediante surpresa, já que a vítima não esperava que seria atingida por um veículo
na contramão de uma rodovia duplicada.
Agora, Meucci será julgado apenas pelo crime de homicídio doloso, cuja pena varia de 6 a 20 anos. A pena do homicídio qualificado é maior, de 12 a 30 anos.
O julgamento está marcado para as 13h30 desta quinta-feira, dia 03, no Fórum Central de
Rio Preto.