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Quinta-Feira, 08 de Abril de 2021 às 09:38

Policiais civis escoltam vítima de violência doméstica até a rodoviária

Ameaçada de morte e proibida de sair de casa, ela aproveitou uma ida à farmácia para pedir socorro.

Com medo do companheiro, que a agredia e a impedia de sair de casa, uma mulher de 45 anos pediu ajuda à Polícia Civil para que pudesse embarcar em um ônibus e voltar para a sua terra natal. Equipe da Central de Flagrantes escoltou a vítima até a rodoviária na noite desta quarta-feira, 8, e permaneceu no local até que o ônibus deixasse a plataforma de embarque.

Moradora do bairro Santo Antônio, por volta das 19h30 ela precisou ir à farmácia. No trajeto de volta para casa, a mulher passou por uma padaria e aproveitou o momento em que estava sozinha para pedir socorro aos funcionários.

Quando uma viatura da Polícia Militar chegou ao local, ela explicou que estava há dois anos vivendo um relacionamento abusivo com um rapaz de 21 anos. Mãe de três filhos de um outro relacionamento, ela contou ter conhecido o atual companheiro, Mateus Santos, na Bahia e que há um mês se mudaram para Rio Preto.

A relação sempre foi conturbada, com episódios de violência física e psicológica. Ela disse que quando não queria ter relação sexual, era violentada pelo companheiro. No entanto, na última semana a situação piorou quando ele  viu mensagens que ela trocou com a mãe dizendo que pretendia se separar. Em razão disso, Mateus a proibia de sair de casa e ameaçava matar os filhos dela caso a mulher se separasse.

Os policiais foram até a casa da família, algemaram o homem e o conduziram para a delegacia.

Apesar de confirmar os relatos, a vítima disse que não queria representar criminalmente contra o companheiro. Porém, requereu medida protetiva e manifestou o desejo de sair imediatamente da cidade. A mãe dela comprou a passagem de ônibus pela internet e a vítima embarcou em segurança para São Paulo, onde também estão os filhos.

O homem não foi preso, mas o caso, registrado como violência doméstica, cárcere privado e ameaça, será melhor investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher.

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