Um auxiliar de enfermagem de 44 anos foi conduzido para a Central de Flagrantes na noite desta sexta-feira, 7, após ter sido acusado de estupro por uma colega de trabalho. Segundo a vítima, uma técnico em enfermagem de 24 anos, o crime aconteceu no Hospital Beneficência Portuguesa, em Rio Preto.
A Polícia Militar foi acionada por uma funcionária do hospital, após a vítima se trancar no banheiro de um dos apartamentos. Muito abalada, ela afirmou que falava ao celular quando o homem entrou no quarto, mandou ela ficar quieta e tentou agarrá-la. Para fugir dele, ela se deitou em uma poltrona, mas o suspeito conseguiu posicionar-se entre as pernas da jovem. Ele teria desistido do ato ao perceber que havia uma chamada ativa no celular da vítima.
Segundo a técnico, é a segunda vez que ela é atacada pelo homem. A primeira foi dois dias antes, na quarta-feira, quando o abusador consumou a violência sexual. Com vergonha, a vítima, que presta serviços para uma empresa terceirizada, não denunciou.
O homem foi encontrado trabalhando no hospital e disse aos policiais militares que não iria falar nada sobre o assunto. Acompanhado de um advogado, ele negou o crime e disse que, nesta noite, apenas questionou a colega de trabalho acerca de uma situação que não foi mencionada no boletim de ocorrência.
Por esse motivo, o delegado Jonathan Marcondes entendeu que, se houve estupro, foi na quarta-feira, portanto, já havia passado o tempo do flagrante. A segunda abordagem gerou dúvidas sobre as circunstâncias e real intenção do homem no quarto do hospital.
A vítima foi encaminhada para realização de exame de corpo de delito e as imagens dos corredores do hospital foram requisitadas pela Polícia Civil, a fim de investigar as denúncias feitas pela profissional.
A CBN procurou o hospital que por meio de nota disse que afastou o profissional até o fim das investigações e que esta foi a primeira vez que aconteceu um caso como esse na instituição:
"O hospital informa que está apurando o caso bem como auxiliando a Polícia Militar para checar se há ou não confirmação dos fatos. Esta é a primeira vez da história da Instituição que se relata um incidente como este dentro de seus quadros.
A Beneficência Portuguesa de Rio Preto repudia qualquer ato de violência e comunica que já afastou o funcionário acusado, bem como se pôs à disposição para prestar todo atendimento a denunciante".