A Polícia Civil de Onda Verde instaurou inquérito para investigar uma denúncia de estupro envolvendo um adolescente de 13 anos contra uma criança de apenas oito.
O boletim de ocorrência foi registrado pela mãe da vítima nesta segunda-feira, 31.
À Polícia Civil, ela contou que no dia 13 o filho começou a gritar durante o banho, se queixando de dor.
Ao analisar a criança, ela notou que o menino tinha lesões no pênis e no ânus.
De acordo com a mãe, na noite anterior o filho tinha dormido na casa do amigo adolescente.
O caso está sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar da cidade.
Segundo o advogado da família, Juan Siqueira, laudo do Instituto Médico Legal apontou que há indícios de abuso.
“O inquérito está na fase de coleta de provas. A criança foi ouvida pela assistente social e deu detalhes dos abusos, que começaram com toques maliciosos até a lesão mais grave. O exame do IML aponta as fissuras”, disse.
As famílias envolvidas no caso eram amigas. Segundo o advogado, após receber uma cópia do boletim de ocorrência, a mãe do adolescente investigado enviou um áudio à mãe da criança vítima dizendo que não estava surpresa com a denúncia e afirmou que o filho não foi o primeiro a violar o amigo. O arquivo sonoro encaminhado à reportagem diz:
“Não me surpreendeu em nada, porque já imaginava que isso fosse acontecer. Mas se você tiver consciência de mãe, meu filho não foi o único. Então tinha que ter um outro relato nessa história”.
A mulher ainda ironiza a denúncia.
“Até porque, no final de tudo isso, não vai dar em nada porque os dois é de menor (sic), como o Conselho Tutelar disse aqui. Então, enfim. Não estamos preocupados com nada disso”, afirma.
Os advogados da família do adolescente encaminharam a seguinte nota à CBN.
A família entende a preocupação da comunidade e está empenhada em esclarecer a situação. Os meninos (um de 13 anos e o outro de 8 anos) eram amigos e as famílias eram próximas. Durante todo esse tempo todos mantiveram uma boa convivência com confiança recíproca. Situação como a presente nunca havia ocorrido.
O menino de 13 anos também é uma pessoa de bem, que estuda, tem uma boa convivência social e nunca pairou sobre ele qualquer suspeita sobre a sua conduta ou sua índole. Sempre se relacionou bem com seus familiares, com suas professoras, com seus amigos e colegas de escola.
O menino tem sido vítima de uma campanha difamatória e preconceituosa nas redes sociais baseada em pré-julgamento sem que se saiba o que de fato ocorreu. A família confia na justiça e está contribuindo para que a verdade seja esclarecida, tendo em vista que os fatos não ocorreram conforme tem sido ventilado. A situação não foi esta. A família confia e aguarda na resolução do caso pelo Juízo da Infância e Juventude, o qual corre em segredo de justiça.
É preocupante a violação do segredo de justiça que tem ocorrido no caso concreto, e quanto a esta, a família também está atenta e buscará a responsabilização civil e criminal contra aqueles que insistirem, por qualquer meio, na violação de tal regra de proteção.
Por fim, a presente nota, vem esclarecer, mais uma vez, que os fatos não ocorreram conforme foram narrados, e que os familiares estão completamente empenhados no esclarecimento da verdade.