O Instituto de Criminalística de Rio Preto identificou, através
de exame pericial, indícios de sêmen no short de uma criança de 9 anos,
molestada pelo padrasto.
O crime aconteceu na noite de 19 de setembro, uma quinta-feira,
na residência da família, localizada no bairro Boa Vista.
A Polícia Militar foi acionada depois que a menina contou
para a mãe ter sido jogada na cama pelo padrasto. O homem, de 23 anos, sufocou
o rosto dela com um travesseiro e fez movimentos contra o corpo da criança
simulando um ato sexual.
O padrasto, que morava com a família há sete meses, negou o
crime. Ele afirmou que tinha mandado a enteada fazer arroz e que ela
desobedeceu, jogando uma boneca na sua cabeça. Ele assumiu ter jogado a criança
na cama e subido em cima dela, mas somente para que a menina não se debatesse.
Mãe, filha e padrasto foram levados para a Central de
Flagrantes e o delegado Jonathan Marcondes determinou a apreensão do short da
criança para análise.
A olho nu, não se visualizou qualquer mancha. A peça então
foi submetida a exame com uso de luz forense, que detectou vestígios de sêmen.
A descoberta é uma importante prova de que houve crime sexual, já que em casos
de estupro sem penetração, a Polícia Civil conta apenas com o testemunho da
vítima. Quando se trata de criança, a investigação é ainda mais criteriosa,
porque exige a participação de equipe multidisciplinar para atendimento da
vítima.
Submetido a audiência de custódia no dia seguinte ao crime, a Justiça decidiu pela manutenção da prisão do padrasto, que deverá ser indiciado por estupro de vulnerável – praticar ato libidinoso com menor de 14 anos. A pena varia de 8 a 15 anos de reclusão.