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Sexta-Feira, 13 de Março de 2020 às 17:00

Patrulha Maria da Penha registra a primeira prisão por descumprimento de protetiva

Vítima já tinha registrado três boletins de ocorrência, mas continuava sendo perseguida pelo ex-companheiro no trabalho e em casa.

Duração: 02:53

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Um dia após o início oficial do trabalho, a Patrulha Maria da Penha prendeu o primeiro agressor que desobedeceu a decisão judicial de se manter afastado da vítima.

O pintor André Luiz Secundino, de 48 anos, saiu de Araçatuba, onde mora, para importunar a ex-mulher, que conseguiu em janeiro uma medida protetiva contra ele.

Em entrevista à rádio CBN, a guarda municipal Fábia Suaide, encarregada da Patrulha Maria da Penha, disse que a prisão do homem aconteceu minutos depois da visita da equipe à casa da vítima, no bairro Vila Maceno.

"A viatura foi até o local fazer a primeira visita, pra falar do serviço e saber se a vítima está se sentindo perseguida. Ela disse que já tinha registrado três boletins de ocorrência, mas o ex-companheiro continuava indo no trabalho dela, na casa e mandando mensagens no whastapp. Pouco depois da equipe sair do local, ela telefonou no 153 dizendo que o homem tinha interfonado no apartamento, afirmando que queria conversar com ela", explicou Fábia. 

André, que dizia à ex-mulher que papel nenhum iria impedi-lo de se aproximar dela, ficou surpreso com a abordagem.

"Apesar de ter pleno conhecimento de que estava proibido de se aproximar da vítima, ele demorou um pouco para entender que estava sendo preso", disse a agente.

O pintor foi levado para a Delegacia de Defesa da Mulher onde recebeu voz de prisão por descumprimento de medida protetiva.

Até o momento, a Guarda Municipal está em posse de 17 medidas protetivas, expedidas a partir de março, cujas vítimas receberão a visita das equipes especiais de patrulhamento.

É importante que as mulheres saibam que o serviço está sendo oferecido somente para os novos deferimentos de proteção expedidos pelo anexo de Violência Doméstica. Vítimas que têm medida protetiva, mas que foram concedidas antes de março, como é o caso em questão, devem solicitar na Justiça que sejam incluídas na patrulha.

Segundo informações do Tribunal de Justiça, foram expedidas 2936 medidas protetivas para vítimas de violência doméstica em Rio Preto só no ano passado.

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