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Quinta-Feira, 26 de Novembro de 2020 às 09:46

Mulheres presas transportando cocaína são soltas porque a droga era falsa

Uma delas assumiu que foi contratada para pegar o entorpecente em Foz do Iguaçu/PR e levar para Goiânia/GO. Pelo visto, até ela foi surpreendida com o laudo do Instituto de Criminalística.

O que parecia uma apreensão significativa de 28 tabletes de cocaína, pela Polícia Rodoviária Federal, teve um desfecho inusitado na noite desta quarta-feira. Isso porque o carregamento, que estava escondido no tanque de um Voyage, testou negativo para a droga, surpreendendo até mesmo as duas mulheres contratadas para transportar o suposto entorpecente de Foz do Iguaçu para Goiânia.

A abordagem aconteceu no km 74 da BR 153, em Rio Preto.

Inspetores da PRF realizavam fiscalização a veículos que transitavam pelo trecho quando decidiram abordar um Voyage com placas de Belo Horizonte.

O carro era ocupado por duas mulheres de 27 e 37 anos e duas crianças de 10 e 12 anos – uma filha de cada.

Moradoras de Goiânia, elas contaram versões diferentes sobre a viagem que faziam, o que despertou a suspeita da equipe sobre algo de irregular.

O veículo foi vistoriado e, ao levantar o banco traseiro, os policiais perceberam que o tanque do combustível parecia violado. O Voyage foi levado para a base e, no local, o compartimento foi aberto, sendo encontrados 28 tijolos de substância muito semelhante à cocaína.

A mulher mais nova, uma esteticista de 27 anos, era quem dirigia o carro. Ela demonstrou surpresa, dizendo que aceitou fazer a viagem porque a amiga não tem carteira de habilitação. Versão confirmada pela auxiliar de produção de 37 anos, que assumiu ter sido contratada para pegar a droga no Paraná e levar para Goiás ao preço de R$ 1 mil, sem que a amiga soubesse do plano.

Entretanto, os inspetores duvidaram da versão porque os tijolos ocupavam boa parte do tanque, forçando a motorista a realizar várias paradas durante o trajeto para abastecer, já que percorreriam mais de mil quilômetros.

Ambas já tinham recebido voz de prisão e as crianças já estavam acolhidas pelo Conselho Tutelar quando a amostra da substância apreendida retornou do Instituto de Criminalística para a Central de Flagrantes com laudo inconclusivo para cocaína.

Diante do impasse, o delegado teve que liberar a dupla, bem como as crianças, para retornarem à cidade natal. O veículo, os celulares das mulheres e os 21 kg da substância misteriosa ficaram apreendidos para análise mais criteriosa.

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