Familiares de uma cabeleireira de 45 anos vão ingressar com ação judicial contra a prefeitura de Rio Preto pela morte da mulher, ocorrida dentro da Unidade de Pronto Atendimento da zona norte no dia 21 de setembro.
Um boletim de ocorrência foi registrado na Central de Flagrantes da cidade nesta terça-feira, 27, denunciando o caso.
Por telefone, a filha da vítima, que pediu para não ser identificada, contou que naquela segunda-feira a mãe acordou sentindo um inchaço em uma das pernas e procurou atendimento por conta própria na unidade de saúde.
A cabeleireira não tinha queixas anteriores de problemas vasculares.
Segundo o boletim de ocorrência, ela deu entrada na UPA por volta das 4h da manhã. Durante toda a manhã, enviou áudios para uma irmã falando sobre o atendimento e teria se queixado da quantidade de medicamentos prescritos pelo médico, entre eles, insulina e remédio para trombose.
Por volta das 18h, a família foi surpreendida com a notícia da morte da cabeleireira.
A filha diz que os medicamentos foram aplicados sem o consentimento da mãe e sem a realização de exames médicos, e acredita que isso pode ter influenciado na morte dela, ocorrida às 15h54.
A causa da morte registrada no atestado de óbito foi embolia pulmonar.
Após a veiculação da reportagem, a Secretaria de Saúde disse, por meio de nota, que:
"Informamos que a paciente deu entrada na UPA Norte em 21/10 às 05h21, com dor e edema em membro inferior esquerdo há 1 dia. Estava estável e sem sinais de gravidade. Em virtude das hipóteses diagnósticas feitas pela equipe de plantão poder evoluir com embolia pulmonar, foi introduzido o tratamento adequado, além de anticoagulante. Enquanto aguardava a transferência para o hospital de referência, em torno das 14h, a paciente evadiu-se do local e apresentou piora súbita já fora da unidade. Foi conduzida imediatamente para a sala de emergência. Foram realizadas todas as manobras de ressuscitação cardio pulmonar sem sucesso".
