Um morador de rua de 32 anos foi preso nesta segunda-feira,29, por dupla tentativa de homicídio.
Ele esfaqueou um homem durante um desentendimento e ao saber que a vítima não tinha morrido, seguiu para a Santa Casa para concluir o crime. Por sorte, a Polícia Militar chegou a tempo de impedir a tragédia.
Alexandre Ferreira da Silva foi preso com a faca na mão.
A ocorrência começou de manhã na associação filantrópica Madre Teresa de Calcutá, localizada no bairro Santa Cruz. Alexandre tomava café da manhã e não gostou quando o auxiliar geral Abner dos Santos Costa, de 31 anos, fez uma brincadeira.
Ele agrediu Abner com duas pauladas e por fim desferiu um golpe de faca contra o abdômen da vítima.
Uma assistente social que trabalha no local disse que apenas viu Alexandre saindo, mas não sabia que ele tinha cometido o crime.
Quando a Polícia Militar chegou, a vítima já tinha sido socorrida e o local já tinha sido limpo por funcionários.
Na Santa Casa, Abner relatou os fatos à Polícia Militar.
Quase seis horas após esfaquear o desafeto, o morador de rua soube que Abner estava vivo, entrou em um ônibus armado com uma faca e seguiu para o hospital.
Populares assustados telefonaram para a Polícia e o criminoso foi preso assim que desceu do ônibus.
Ele confessou a intenção de matar Abner.
Por telefone, o delegado plantonista Jairo Garcia Pereira afirmou que entendeu o caso como dupla tentativa de homicídio: "Porque após esfaquear o homem, o morador de rua sumiu, descartando qualquer possibilidade de perseguição. O intervalo de seis horas de um crime pra outro demonstra duas oportunidades diferentes para matar", afirmou.
Ainda no entendimento do delegado, Alexandre demonstrou lucidez. "Tanto que confessou o crime com riqueza de detalhes, afirmou não fazer uso de medicamentos controlados, tinha plena consciência do ônibus que tinha que entrar, onde tinha que descer e que meios poderia utilizar pra entrar na Santa Casa".
Ele ainda garantiu que vai matar Abner quando sair da cadeia.
"Louco não é, mas é extremamente frio", concluiu o delegado.
De Rio Preto, Joseane Teixeira