O
Mirassol já tem um novo preparador físico. Após a saída de Rafael Tamarindo que
foi para o Guarani, a diretoria agiu rápido e contratou Flávio de Oliveira, de
54 anos. E não foi qualquer um que chegou ao clube. O profissional, além do
próprio Mirassol (em 2013), tem passagens por grandes clubes do País e também
pelo futebol do exterior.
No
currículo, entre outros, Oliveira ostenta trabalhos no Albirex Niigata, Avispa Fukuoka
e Vissel Kobe, todos do Japão; Emirados Árabes; Athletico-PR, Ceará, Corinthians,
Cruzeiro, Grêmio, Portuguesa, Santos, São Caetano, Sport-PE, Vasco e também na Seleção
Brasileira Sub-17.
Para se ter uma ideia da bagagem que o profissional carrega, ele fez parte de comissões técnicas de treinadores renomados como Abel Braga, Tite, Renato Gaúcho, Wanderley Luxemburgo e Celso Roth, por exemplo. Flávio de Oliveira completa nesta quarta (12) o quarto dia na nova casa. Na terça ele concedeu entrevista coletiva virtual no CT e, com conhecimento de causa, fez muitos elogios a estrutura atual do ‘Leão’.
“Eu
fiquei muito tempo fora do País. Trabalhei oito anos no Japão, um período curto
nos Emirados Árabes e aqui no futebol brasileiro, trabalhei na Série A, na
Série B não, trabalhei na Série C e um pouquinho na D com o São Caetano. Então
o Mirassol, com relação aos clubes da Série A, não fica devendo nada para
ninguém. Tem clube que não tem nem a metade, nem 30% da condição de trabalho
que o Mirassol dá para os profissionais aqui”, destacou.
REFERÊNCIA
Na
sequência da resposta o preparador físico foi ainda mais além. Para ele, o
Mirassol é referência mundial em termos de estrutura e condições de trabalho
após a construção e inauguração do CT. “Mirassol hoje é um clube de
referência do Brasil e até do mundo. Dos clubes que eu trabalhei no Japão, nenhum tem essa condição que o Mirassol tem para trabalhar. Nenhum. Então o
Mirassol Futebol Clube pode ter certeza de que é um dos clubes que tem a melhor
condição, melhor estrutura do futebol brasileiro e ‘quiçá’ mundial. Então é
muito prazeroso, muito feliz de poder voltar e poder ajudar o Mirassol nesse
reinício de trabalho”, disse.
PANDEMIA
Nascido
na cidade de Igarapava-SP, Flávio de Oliveira demonstra incredulidade pelo
momento que estamos vivendo com a pandemia do novo conoravírus. E, claro, a
situação complicou demais o trabalho dos preparadores físicos. Mesmo assim,
garante que está confiante que o time pode chegar bem fisicamente na Série D do
Brasileiro, prevista para iniciar no mês que vem.
“Ficou
bagunçado para a vida. Futebol não escapou disso. E na minha geração nem nas
gerações anteriores nunca aconteceu isso de ficar quatro meses sem trabalhar. É
uma coisa histórica infelizmente. O futebol sentiu muito. Então é um
comparativo que não dá para a gente fazer. O ano passado ou retrasado os
atletas estariam em um estágio muito superior [nesse momento]. Estou voltando, mas tenho total
confiança no que vinha sendo feito aqui no Mirassol. O processo é um 'quebra-cabeça' muito difícil, muito duro. Mas o Mirassol tem estrutura muito boa”,
salientou.
TEMPO
Mantendo
o pensamento positivo, Flávio de Oliveira afirmou que até a estreia na quarta
divisão nacional, prevista para 19 de setembro, é possível fazer um bom
trabalho de preparação física. “Dá sim. Essa semana nós já começamos. A gente
vai ter até alguns jogos treinos para conhecer alguma turminha da região. Foi
solicitado para a gente. Temos que ajudar o pessoal da A-2 que está voltando
também. Acredito que o calendário, um mês é razoável. Eu vejo que não é assim
um tempo tão hábil, mas dá para a gente fazer um bom trabalho”, garantiu o
preparador.
NACIONAL
Enquanto
a diretoria corre para renovar o compromisso verbal que tem com o ‘cobiçado’ técnico
Ricardo Catalá, o time se prepara – conforme mencionado – para a estreia no
Campeonato Brasileiro Série D. De acordo com o Diário da Região, Catalá tem até o dia 20 deste mês para definir a permanência em Mirassol.
No campeonato Nacional o ‘Leão’ tem estreia marcada para o dia 19 de setembro em casa contra o Bangu-RJ. A equipe da região está na chave 7, que conta, além do alvirrubro carioca, também com Cabofriense-RJ, Cascavel-PR, Ferroviária, Nacional-PR, Portuguesa-RJ e Toledo-PR.