Kelly Regiane Queiroz, de 41 anos foi colocada em liberdade nesta sexta-feira, 27, quatro dias após ser presa em flagrante na Santa Casa de Ibirá por exercício irregular da medicina, falsa identidade e uso de documento falso. Ela atuava como clínica geral.
O pedido de Habeas Corpus, impetrado pelo advogado André Nardini, foi aceito pelo desembargador Augusto de Siqueira, da 13ª Câmara de Direito Criminal.
O magistrado entendeu que por possuir residência fixa, ocupação lícita e família constituída, além de não oferecer risco à ordem pública, à instrução do feito e à aplicação da lei penal, é desnecessária a manutenção da prisão preventiva da mulher formada em medicina na Bolívia e que comprou documentos furtados para exercer a profissão no Brasil.
Além da Santa Casa de Ibirá, onde clinicou e ministrou aulas para alunos de medicina da Unilago, a mulher trabalhou em unidades de saúde de Macaubal, Orindiúva, Paulo de Faria e Pindorama.
O desembargador apontou que as infrações a ela atribuídas foram praticadas sem violência ou grave ameaça e determinou como condição de soltura o pagamento de fiança no valor de dois salários mínimos, ou seja, R$ 1.874, além do comparecimento a todos os atos para os quais for convocada.
Kelly estava presa na Penitenciária Feminina de Pirajuí.