A Justiça revogou a prisão preventiva de Michelly Thais Núbia de Souza, de 30 anos, acusada de dar suporte para uma quadrilha de 10 criminosos que assaltaram duas agências bancárias de Rio Preto em 2016. Investigações realizadas pela DIG apontaram que a mulher entrou no esquema após se envolver com o líder da quadrilha, Ricardo da Silva Soares, de 33 anos, conhecido como Testa, que também foi preso.
Michelly ofereceu sua casa, na zona norte de Rio Preto, para o bando se hospedar. Ela e a mãe foram presas em fevereiro do ano passado.
Em sua decisão, a juíza Gláucia Véspoli, da 5ª Vara Criminal, considerou o fato de Michelly ser ré primária, ou seja, sem antecedentes criminais e por ter colaborado com as investigações desde o princípio, possibilitando identificar os integrantes da quadrilha.
"Na instrução oral manteve sua versão inicial, corroborando a confissão dos coautores e colaborando com a instrução processual e futura aplicação da lei penal. Neste passo, poderá gozar de benefícios legais em sua apenação, se cumpridas regularmente as condições da liberdade provisória, agora concedida"
Michelly não pode mudar de endereço sem comunicar a Justiça, não pode se ausentar da cidade por mais de 08 dias sem comunicação ao Juízo e deve comparecer a cada dois meses no Fórum e a todos os atos do processo.
O alvará de soltura já foi expedido.
Os assaltos, que renderam cerca de 1,2 milhão à quadrilha do Capão Redondo, aconteceram em agosto e outubro de 2016. Os alvos foram duas agências do Banco Brasil, uma na avenida Mirassolândia e outra na avenida Feliciano Sales Cunha. Policiais Civis apuraram durante o inquérito que o grupo chegava na cidade quatro dias antes de cometer o crime para "estudar o território".