Após mais de 17 horas de julgamento, Keyssel Eduardo de Oliveira e Cláudio Yuri Baptista foram condenados a 27 e 21 anos de prisão, respectivamente, pela morte do advogado José Arthur Vanzella Seba, o Thui Seba. O júri foi composto por seis homens e uma mulher. A pena foi aplicada pela juíza da 5ª Vara Criminal de São José do Rio Preto, Gláucia Véspoli dos Santos.
O julgamento começou por volta do meio-dia desta quinta-feira (15) no fórum Central de Rio Preto e terminou próximo às 5:30h da madrugada desta sexta-feira (16), um dos júris mais extensos já realizados na comarca.
Na sentença, a juíza diz que a gravidade do crime, a natureza e a quantidade de pena aplicada justificam a fixação do regime inicial fechado. Os condenados já estavam presos desde o ocorrido, há três anos.
No dia 19 de julho de 2017, Thui Seba, à época com 32 anos, foi morto a tiros por Keyssel, após uma emboscada articulada por Cláudio Yuri, que era sócio da vítima em uma empresa de venda de seguros. As investigações da Polícia Civil e a denúncia do Ministério Público apontaram que Yuri, contratou Keyssel, por R$ 50 mil, para matar Thui.
Para executar o crime, o sócio levou a vítima, no dia do fato, até o bairro Buritis, em Rio Preto, sob o argumento de estar interessado na compra de um terreno. Keyssel já estava no local combinado e surpreendeu a vítima ainda dentro do carro, efetuando vários disparos na região do pescoço e cabeça. Thui Seba morreu no local.
O sócio dele simulou ter fugido do local a pé, como se tudo tivesse sido inesperado, inclusive prestou declarações à Polícia Civil no dia dos fatos, apresentando vários álibis. A investigação demonstrou ser falso cada álibi alegado por ele além de ter constatado um saque em dinheiro no valor de R$ 50 mil da conta corrente que Cláudio usava. Também identificou uma ligação telefônica entre ele e Keyssel, dias antes do homicídio.
De acordo com as investigações, Cláudio Yuri encomendou a morte do sócio após ter feito um seguro milionário no nome dele e ao menos três apólices de seguros de vida em nome da vítima, tendo como único beneficiário o mandante do crime.
Ele e Keyssel foram presos um mês depois, em 19 de agosto, durante cumprimento a mandados de prisões temporárias. A Justiça deferiu os pedidos e ambos permaneceram presos preventivamente até o dia julgamento.
O julgamento é em 1ª instância e, portanto, cabe recurso.