O Tribunal Popular do Júri condenou a 14 anos de prisão o representante comercial Guilherme Meucci Soares, de 26 anos.
Ele tinha 21 anos quando, em abril de 2012, após sair de um casamento, dirigiu um Space Fox por aproximadamente oito quilômetros na contramão da rodovia Washington Luís.
O rapaz só parou após bater contra o Fiat Uno dirigido pelo empresário Rodrigo Fernandes Pereira, de 33 anos, que morreu no local do acidente.
Meucci foi socorrido em estado grave para o Hospital de Base, onde foi submetido a diversos procedimentos cirúrgicos. Ao lado do carro dele a polícia encontrou uma garrafa com restos de vinho, mas a suspeita de embriaguez não foi comprovada.
Ele nunca chegou a ser preso.
Na tarde desta terça-feira, o advogado de defesa Odinei Rogério Bianchini tentou convencer os jurados de que seu cliente não teve intenção de matar e pediu a desqualificação do crime - de homicídio doloso (artigo 121 do Código Penal) para homicídio culposo na direção de veículo automotor (artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro - cuja pena varia de dois a quatro anos de detenção). Bianchini disse que seu cliente não se recorda o motivo pelo qual dirigiu na contramão.
A argumentação não convenceu os jurados, que acataram por unanimidade a acusação feita pelo promotor de Justiça Marco Antônio Lelis Moreira, que apontou indícios de homicídio com dolo eventual com duas qualificadoras: mediante surpresa e causando perigo comum.
A esposa de Rodrigo, Adriana Pagani, acompanhou todo o julgamento. Após a leitura da sentença, desabafou: "Duas famílias estão sofrendo, mas a Justiça foi feita".
Meucci pode recorrer em liberdade.