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Terça-Feira, 15 de Junho de 2021 às 08:53

IML coleta DNA de familiares de desaparecidos para compor banco de dados

Objetivo é identificar pessoas sepultadas sem reconhecimento. Geraldo Gonçalves Filho (foto) desapareceu em agosto de 2019, aos 23 anos, e até hoje a mãe dele sofre com a falta de notícias. Foto: Arquivo Pessoal

Duração: 04:22

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Até sexta-feira, o Instituto Médico Legal de Rio Preto estará coletando o DNA de pessoas que têm familiares desaparecidos.

A ação faz parte de uma campanha nacional, promovida pelo Ministério da Justiça, em parceria com as secretarias estaduais de Segurança Pública.


Segundo João Ambrósio, Coordenador-geral de Pesquisa e Inovação do MJSP, o objetivo é alimentar um banco de dados único, capaz de comparar o código genético de familiares com corpos que permanecem sem identificação.

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Segundo o Ministério dos Direitos Humanos, atualmente, há cerca de 57 mil boletins de ocorrência de pessoas desaparecidas e não localizadas.


São Paulo é um dos estados com maior índice. A Secretaria de Segurança Pública aponta que, de 2019 até o segundo semestre deste ano, 7.336 boletins de ocorrência de desaparecimento restaram inconclusivos, sem informações sobre o paradeiro da vítima.

É o caso do rio-pretense Geraldo Gonçalves Silva Filho, que desapareceu em agosto de 2019, aos 23 anos.


Desde então a mãe dele, Nilva Moraes, convive com a angústia da falta de notícias. Ela acredita que o filho foi assassinado.

No estado de São Paulo, há 14 unidades do IML habilitadas para realizar a coleta.
Mas o procedimento tem que ser pré-agendado pelo site poli
ciacientifica.sp.gov.br

O ideal é que o familiar esteja em jejum há duas horas para garantir a qualidade da coleta.

Devem comparecer ao Instituto Médico Legal familiares de primeiro grau do desaparecido, como pais, irmãos e filhos. Tantos quanto puderem.


É necessário que a vítima esteja desaparecida há pelo menos 30 dias, com registro do b.o. pela Polícia Civil.

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