Até sexta-feira, o
Instituto Médico Legal de Rio Preto estará coletando o DNA de pessoas que têm
familiares desaparecidos.
A ação faz parte de uma campanha nacional, promovida pelo Ministério da Justiça, em parceria com as secretarias estaduais de Segurança Pública.
Segundo João Ambrósio, Coordenador-geral de
Pesquisa e Inovação do MJSP, o objetivo é alimentar um banco de dados único,
capaz de comparar o código genético de familiares com corpos que permanecem sem
identificação.
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Segundo o Ministério dos Direitos Humanos,
atualmente, há cerca de 57 mil boletins de ocorrência de pessoas desaparecidas
e não localizadas.
São Paulo é um dos estados com maior índice. A
Secretaria de Segurança Pública aponta que, de 2019 até o segundo semestre
deste ano, 7.336 boletins de ocorrência de desaparecimento restaram
inconclusivos, sem informações sobre o paradeiro da vítima.
É o caso do rio-pretense Geraldo Gonçalves Silva Filho, que desapareceu em agosto de 2019, aos 23 anos.
Desde então a mãe dele, Nilva Moraes, convive com
a angústia da falta de notícias. Ela acredita que o filho foi assassinado.
No estado de São Paulo, há 14 unidades do IML
habilitadas para realizar a coleta.
Mas o procedimento tem que ser pré-agendado pelo
site policiacientifica.sp.gov.br
O ideal é que o familiar esteja em jejum há duas
horas para garantir a qualidade da coleta.
Devem comparecer ao Instituto Médico Legal familiares de primeiro grau do desaparecido, como pais, irmãos e filhos. Tantos quanto puderem.
É necessário que a vítima esteja desaparecida há
pelo menos 30 dias, com registro do b.o. pela Polícia Civil.