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Quarta-Feira, 21 de Agosto de 2019 às 18:15

Homem que matou a ex-mulher e tentou se matar vai a júri nesta quinta-feira

Após 23 anos de casamento conturbado, Luciana Ramos Santos foi assassinada porque estava decidida a não reatar com o vigilante Jader Garcia Lopes. Foto: Arquivo

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O vigilante Jader Garcia Lopes, de 47 anos, vai a Júri Popular nesta quinta-feira pelo feminicídio praticado contra a ex-mulher, Luciana Ramos Santos, morta aos 37 anos em maio de 2016.

Segundo informações do processo, o homem, que tentava reconciliação, convidou a vítima para um show sertanejo mas durante o trajeto de carro, discutiram por ciúmes.

Quando parou para abastecer em um posto na avenida dr Ernani Pires Domingues, a mulher, percebendo que corria risco de morte, saltou do veículo pedindo socorro, mas Jader a perseguiu e, com uma faca que teria ganhado de presente da própria vítima anos atrás, a golpeou várias vezes, até a morte. Após o crime, ele também se cortou dizendo que queria morrer junto com Luciana, mas os ferimentos foram superficiais.

O casal viveu junto por 23 anos e teve três filhas, mas a relação sempre foi conturbada em virtude da agressividade do réu, que chegou a ficar preso cinco meses por porte de arma de fogo.

As jovens, que tinham 21, 19 e 17 anos na época do crime, confirmaram em juízo que a mãe tinha medo do companheiro e reatou o relacionamento várias vezes sob ameaça. Em uma das tentativas de separação, foi violentada sexualmente, mas não denunciou.

Jader alegou em juízo que no dia dos crime Luciana disse que o traiu, o que teria provocado a sua fúria. Mas que após matá-la, se arrependeu.

O advogado Wesler Augusto de Lima Pereira descartou a hipótese de absolvição, mas vai trabalhar para minimizar a pena.

Jader foi denunciado por homicídio quadruplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel, mediante recurso que impediu a defesa da vítima e em razão da condição do sexo feminino, o chamado feminicídio.

Ele está preso desde o dia do crime e atualmente aguarda julgamento na penitenciária de Andradina, de onde enviou cartas para as filhas, mas nunca recebeu resposta.

O Júri Popular está marcado para 13h30, no Fórum Central. O promotor designado para a acusação é Marco Antônio Lélis Moreira.

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