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Terça-Feira, 27 de Abril de 2021 às 17:08

Homem investigado por morte de idosa no Aroeiras se apresenta à polícia

Hoje completou um mês que socorristas do Corpo de Bombeiros arrombaram a porta de um apartamento e se depararam com um cenário macabro: desordem, sujeira e um cadáver nu, amarrado à cama. O caso é investigado como cárcere privado e homicídio.

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Acompanhado de um advogado, o porteiro Júlio César Boa Sorte, de 51 anos, se apresentou espontaneamente na Delegacia de Defesa da Mulher para prestar declarações sobre a morte de uma idosa ocorrida dentro do apartamento em que ele morava, no Jardim Aroeiras. A vítima, Alda Maria Peres, de 65 anos, estava nua e amarrada à cama.

Julio é investigado em inquérito instaurado para apurar os crimes de cárcere privado e homicídio.

O caso completou um mês nesta terça-feira.

Em sua versão, o homem disse ter acolhido Alda em sua casa por amizade e se comprometido a cuidar dela, que tinha vários problemas de saúde.

Ele explicou que um dia antes de ser encontrada morta, a idosa pediu que ele fosse até a residência onde ela morava buscar medicamentos e peças roupas.

Como Alda, segundo o suspeito, era teimosa e estava debilitada, ele decidiu amarrar uma das mãos dela na cama para que a amiga não fugisse.

Só que, ao invés de voltar para o apartamento, ele decidiu pernoitar na casa de um irmão. E no dia seguinte, soube pelos noticiários que a idosa tinha sido encontrada morta.

Com medo, Júlio afirmou que preferiu se esconder até ser encorajado por familiares a se apresentar.

Diante da falta de evidências sobre a contribuição do morador na morte da idosa, o caso foi encaminhado à Deic e está sob responsabilidade do delegado Fernando Augusto Tedde.

Embora o boletim de ocorrência tenha sido registrado como homicídio, a causa da morte ainda é desconhecida pela Polícia Civil.

“Estamos aguardando o laudo necroscópico, inclusive com análise toxicológica. Não temos até o momento elementos técnicos que indiquem morte violenta, já que não havia lesões no corpo, nem indícios de violência sexual”, explicou.

Também por isso o delegado não pediu a prisão preventiva de Júlio César, que se comprometeu a comparecer na DEIC quando for intimado.

No dia 27 de março, vizinhos sentiram um cheiro forte vindo do apartamento do homem. A música ininterrupta também chamou a atenção dos moradores, que bateram à porta, mas não foram atendidos. Desconfiados, eles telefonaram para o Corpo de Bombeiros.

A porta foi arrombada e revelou um cenário macabro: desordem, sujeira e um cadáver nu, amarrado à cama.

Júlio se mudou do imóvel após o episódio.

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