Depois de um dia cansativo de trabalho, um construtor de 43 anos decidiu dar uma passadinha no bar pra tomar uma cerveja gelada. Só que o que era pra ser apenas um 'happy hour', ou hora feliz, transformou-se num grande susto e acabou na delegacia. Após se deliciar com uma garrafa de cerveja do tipo 'litrão', o homem encontrou um comprimido, ainda na embalagem, dentro da garrafa.
Assustado, ele chamou o dono do bar, onde é cliente há mais de um ano, e contou o ocorrido.
O dono do bar, que fica no bairro São Francisco, telefonou para a empresa que distribui a cerveja. Um supervisor compareceu ao estabelecimento e também ficou espantado. Ele explicou que no processo de limpeza das garrafas existe um laser que verifica objetos estranhos no interior dos recipientes e os descartam quando são localizados, porém, considerou que pode ter havido um problema.
O supervisor solicitou a garrafa para ser analisada na empresa, mas o construtor não permitiu, com receio de que a prova material fosse extraviada.
Na presença do supervisor e de outras testemunhas, o dono do bar lacrou o gargalo da garrafa com uma fita adesiva e a entregou ao construtor, que apresentou a garrafa na delegacia. Antes de ser levado, o litrão foi fotografado pelo funcionário da distribuidora.
O construtor preferiu não gravar entrevista, mas disse à reportagem que, por hora, não pretende processar a cervejaria, apenas ficou com receio de que o líquido provocasse algum mal a sua saúde.
"Eles precisam rever o controle de qualidade", disse.
O delegado Marcelo Parra encaminhou a garrafa para perícia. O objetivo é constatar e descrever o que é o objeto estranho dentro do recipiente, se houve contaminação do líquido e se há lesividade em eventual ingestão humana.
O caso configura como crime contra as relações de consumo (entregar mercadoria em condições impróprias para consumo).
De Rio Preto, Joseane Teixeira.