Entre a noite de terça e a madrugada desta quarta-feira, 2, várias equipes da Polícia Militar atuaram em uma situação bastante tensa em que um segurança, armado com uma faca, mantinha a família refém dentro de casa, no bairro Cidade Alta, zona norte de Rio Preto.
Foram duas horas de negociação para que Edvagner Lopes Barros, de 34 anos, libertasse a esposa, três filhos dela e, por fim, uma bebê de dois anos, única filha dele, que permaneceu refém.
A PM foi acionada por vizinhos e chegou no endereço por volta das 23h30. A casa estava trancada e os seis moradores, sendo o casal e quatro crianças, estavam dentro do imóvel.
Ao ser liberada pelo marido, juntamente com os três filhos do primeiro casamento, a mulher, de 35 anos, explicou aos policiais que Edvagner ficou agressivo durante uma discussão e que tentou agredi-la. O filho mais velho dela, de 13 anos, interferiu a favor da mãe e foi agredido com um soco no rosto.
Sozinho na casa com a única filha, em determinado momento o homem saiu na calçada com a bebê sentada no ombro e a criança se desequilibrou para trás, sendo segurada apenas pelas pernas. Foi a deixa para a equipe resgatar a criança e algemar o agressor.
Apesar de ter sido mantida em cárcere com uma faca e ver o filho que tentou protegê-la ser agredido pelo padrasto, a mulher não quis representar criminalmente contra o companheiro. Mas em situações de violência doméstica, a ação penal é pública incondicionada, isso quer dizer que a prisão do homem não depende da vontade da vítima. Por isso, Edvagner, que decidiu permanecer em silêncio durante interrogatório, foi preso pelos crimes de cárcere privado, violência doméstica, lesão corporal e resistência.