Um pedreiro de 51 anos foi detido após ameaçar uma criança de oito anos para que ela entrasse no veículo dele.
O homem dirigia um Fiat Tipo pela Estância Unitra, em Rio Preto, quando viu a menina caminhando e parou o carro ao seu lado.
A vítima tinha acabado de comprar um salgado em um bar e seguia para casa. Mesmo estando a poucos metros do estabelecimento, o homem a abordou perguntando onde havia um bar.
"Minha irmã apontou o local, que era visível do ponto onde ela estava. Mesmo assim o motorista do carro abriu a porta do carro e pediu que ela entrasse, para mostrar pra ele onde era o bar. Enquanto falava, ele pegou uma chave de fenda. Minha irmã ficou assustada e saiu correndo", contou Daiane Barbosa, de 31 anos.
Ao saber do ocorrido, Daiane perguntou à criança se ela sabia descrever o veículo e o homem que a abordou. Ao explicar como era o carro, a mulher se lembrou que, no caminho para casa, viu um veículo semelhante no bairro, capotado. Ela levou a irmã até o local e a criança reconheceu o Fiat Tipo.
"Pelo que percebemos, quando minha irmã saiu correndo, o homem ficou com medo de alguém chamar a polícia e fugiu em alta velocidade. Acabou capotando em uma curva do bairro e fugiu do local, abandonando o carro com as rodas para cima", explicou a mulher.
A Polícia Militar foi acionada e, ao consultar a placa do veículo, constatou que o proprietário havia telefonado no 190 para denunciar que foi sequestrado por um bandido armado, que o abandonou em Bady Bassitt e fugiu com o carro. Uma equipe esteve no endereço do suspeito, no bairro Tangará, onde o pedreiro acabou assumindo que mentiu sobre o roubo.
Os policiais apresentaram à criança uma fotografia do dono do carro, e ela o reconheceu como sendo o motorista que pediu informação.
Levado para a Central de Flagrantes, o delegado Malcolm Montanare Mano ficou em dúvida sobre a real intenção do suspeito ao abordar a criança. Por isso o boletim de ocorrência, registrado como ameaça e comunicação falsa de crime, foi encaminhado para o 7º Distrito Policial, onde um inquérito será instaurado para investigar a conduta do pedreiro.
Somados, os crimes preveem apenas um ano de detenção e pagamento de multa.
A reportagem tentou contato telefônico com o investigado, mas o celular dele estava desligado.