Três funcionários de um sítio em Monte Aprazível foram
detidos na noite de sexta-feira, 05, após vender borracha natural do patrão para um
caminhoneiro.
Segundo o delegado Alexandre Arid, o dono da propriedade
rural já estava desconfiado do desvio do produto extraído das seringueiras. Ao
saber que havia um caminhão no sítio à noite, ele telefonou para a Polícia
Militar da cidade. Com apoio do efetivo de Neves Paulista e Nipoã, a PM realizou
um cerco e interceptou um caminhão F4000, com placas de Mirassol, na Estrada
das Malvinas.
O veículo estava carregado com uma tonelada de coágulo de
borracha. Questionado sobre a origem da carga, o caminhoneiro afirmou que negocia o material
diretamente com funcionários de um sítio, e indicou os três suspeitos. Todos
foram levados para a delegacia de Mirassol, que funciona em esquema de plantão
e registra ocorrências de cidades vizinhas.
Em depoimento ao delegado Arid, os empregados disseram que trabalham em esquema de parceria com o patrão e admitiram ter vendido mais do que a parte que eles tinham direito.
Justamente por causa dessa sociedade é que não foi possível
prender os funcionários em flagrante.
O caminhoneiro também não foi preso por receptação porque a
Polícia Civil precisa saber se ele comprava a borracha consciente de que o
negócio era ilícito.
Segundo o Instituto de Economia Agrícola, o quilo da
borracha está avaliado em R$ 2, 22. Por isso a carga custaria em média R$
2.200.