A 1ª Vara do Trabalho de São José do Rio Preto condenou o ex-técnico Luiz Carlos Ferreira dos Santos a pagar ao Rio Preto E.C. multa de aproximadamente R$ 14 mil por ‘litigância de má-fé’. Na semana passada, a Justiça do Trabalho já havia negado um pedido de indenização de R$ 700 mil do treinador em ação trabalhista contra o clube. O valor da multa é calculado pela indenização do art. 479 da CLT devido a rescisão antecipada do contrato do ex-técnico com o ‘Jacaré’.
‘Ferreirão’, como é conhecido o profissional, teve duas passagens pelo alviverde: em 2015 e na reta final da Série A-2 de 2017, ano do referido processo. Na ação trabalhista, ele pretendia receber do clube mas laudo pericial acusou falsidade nos documentos apresentados pelo treinador. Com o resultado em mãos, a diretoria do Rio Preto expediu ofício ao Ministério Público Federal para a adoção de medidas contra o ex-funcionário.
Via assessoria, o presidente José Eduardo Rodrigues deixou claro o que pensa sobre Luiz Carlos Ferreira. “A Justiça prevaleceu. Já vi absurdos na vida jurídica, mas esta ação é a mais completa maluquice com a qual me deparei”, frisou. Advogado do clube, Gustavo Goulart Escobar, afirmou que já esperava a decisão favorável ao Jacaré.
“Desde o início sabíamos que se tratava de uma aventura jurídica, baseada unicamente em um documento claramente falso. Montado com o único intuito de fazer o ex-técnico se enriquecer ilicitamente em detrimento do clube. Um verdadeiro absurdo que foi devidamente reconhecido pela Juíza do Trabalho ao julgar o processo, motivando, inclusive, a condenação por litigância de má-fé e a expedição de ofício ao Ministério Público Federal para apuração do crime”, salientou.
Em 2017, Ferreira foi contratado para evitar o rebaixamento para a série A-3. Mas, após perder para Portuguesa e Água Santa, acabou demitido. Na sentença anterior, a juíza Fernanda Amabile Marinho de Souza já havia condenado Ferreira a pagar ainda despesas prévias periciais (R$ 1,7 mil) e custas processuais de R$ 20 calculadas sobre R$ 1 mil, valor dado à causa pela justiça.
Na página oficial do Rio Preto no Facebook, o clube postou a decisão oficial e incluiu fotos do documento a favor, expedido pela 1ª Vara do Trabalho de São José do Rio Preto. A decisão é em primeira instância e cabe recurso.
OUTRO LADO
A reportagem da CBN tentou contato com Luiz Carlos Ferreira, mas a filha do treinador afirmou que "ele acompanha a mãe, que tem um problema de saúde, no hospital e não se encontrava".
A-3 PARADA
Desde o início da pandemia do novo coronavírus, o Rio Preto se posicionou contra o retorno do futebol. O presidente José Eduardo Rodrigues afirmou repetidas vezes que a Federação Paulista deveria encerrar de vez a série A-3, fato que a entidade promete que não vai acontecer.
Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da FPF, garante que todas as competições serão finalizadas em campo e com bola rolando. Antes da paralisação, o ‘Jacaré’ ocupava a nona posição na A3 com 13 pontos e jogaria em casa na 12ª rodada frente ao Capivariano.
