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Quarta-Feira, 25 de Abril de 2018 às 21:00

Empregada vende joias da patroa e diz que foi vítima de extorsão

Mulher de 65 anos alega que atendeu o telefone da casa e o interlocutor anunciou um sequestro.

A Polícia Civil de Rio Preto vai investigar se uma empregada doméstica foi vítima de extorsão nesta quarta-feira, 25. Foi o que a mulher de 65 anos alegou para vender as joias da patroa no centro da cidade.

Segundo o boletim de ocorrência, a empregada atendeu o telefone fixo da casa, no condomínio Green Village, no início da manhã. Ela contou que o interlocutor - uma pessoa do sexo masculino- anunciou que tinha sequestrado a filha da patroa e colocou a menina 'na linha'.

O bandido, que exigia joias e dinheiro para libertar a refém, pediu o número do celular da empregada. A ideia era que a mulher saísse da casa e pudesse continuar se comunicando com ele através do telefone móvel.

A empregada pegou algumas joias da patroa, telefonou para um mototaxista de confiança, e foi até uma loja de compra e venda de joias, próximo à rodoviária. No local ela vendeu as peças por R$ 350.

O bandido teria exigido que ela fosse até uma farmácia e utilizasse o valor para colocar crédito em diversos números telefônicos informados por ele. A mulher disse ainda que, enquanto era mantida na ligação, entregou um bilhetinho para o rapaz da loja de joias pedindo socorro, e também para a atendente da farmácia, mas eles teriam ignorado o apelo.

Na rodoviária a empregada pediu ajuda a uma vigilante da Prefeitura. Foi quando teria descoberto que caiu no golpe do falso sequestro.

Ela voltou  na loja de joias e tentou reverter o negócio, mas o balconista disse que já tinha derretido as peças.

Foi quando a empregada telefonou para a patroa, que é enfermeira, e contou todo o ocorrido.

As duas e o advogado da patroa foram para a Central de Flagrantes e registraram um boletim de ocorrência por extorsão - ato de obrigar alguém a tomar um determinado comportamento, por meio de ameaça ou violência, com a intenção de obter vantagem.

A reportagem telefonou para a enfermeira, mas ela não quis gravar entrevista. Disse apenas que desconfia da história contada pela empregada.

Como o telefone da mulher foi apreendido para investigação, a CBN não conseguiu falar com a  funcionária da casa.

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