O documento protocolado na Câmara Municipal de Rio Preto, que propõe reajuste de 44,5% no teto salarial da Prefeitura, traz imensa preocupação ao novo governo. Repelimos, enfaticamente, esse tipo de proposta, num momento em que o Brasil enfrenta sérias dificuldades, com forte retração da economia e queda persistente na arrecadação.
Num cenário tão desfavorável, em que se exige do gestor total austeridade e uso criterioso dos recursos públicos, não podemos concordar com o reajuste, que, certamente, teria efeito cascata elevando a folha salarial a níveis insuportáveis para o município.
Não somos contra melhorias para o funcionalismo público, mas entendemos que este momento impõe sacrifícios a todos.
Vemos o governo federal cortar gastos para controlar as contas, ante um gigantesco déficit, construído no hábito pernicioso de se gastar mais do que se arrecada. Estados e municípios sofrem para fechar o ano de 2016, com risco real de descumprir compromissos básicos da administração pública e a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Não há como aceitar novos encargos porque, certamente, a conta sobraria para os munícipes rio-pretenses.
Espero que a responsabilidade prevaleça nesse momento difícil.
Deputado Edinho Araújo, prefeito eleito de São José do Rio Preto