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Sexta-Feira, 08 de Junho de 2018 às 14:40

Dono de arsenal é preso após atirar contra a esposa durante discussão

Menos de 24 horas após o crime de feminicídio tentado, a Justiça concedeu liberdade provisória ao acusado.

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Um gerente de 60 anos foi preso na noite desta quinta-feira, 07, por tentativa de feminicídio e violência doméstica contra a esposa, uma assistente social de 54 anos.

A Polícia Militar foi acionada por volta das 22h30, depois que moradores do bairro Jardim Urano ouviram uma discussão de casal seguida de disparos de arma de fogo.

Quando a primeira equipe chegou no endereço, se deparou com o gerente Antônio Sternieri Filho na sacada do apartamento onde mora.

A mulher dele estava escondida dentro do carro, no estacionamento do prédio, em posse de uma pistola calibre 7.65 utilizada no crime.

Ainda muito abalada, ela disse que Antônio estava alcoolizado e, após um desentendimento, pegou a pistola e disse que iria matar a esposa e se matar em seguida.

A vítima lutou com o marido para tentar desarmá-lo e durante o embate a pistola disparou duas vezes, atingindo as paredes do imóvel.

Ela conseguiu tomar a pistola e correu para o estacionamento.

Apesar da situação de estresse, e da cautela exigida, a Polícia Militar não teve problema para entrar no apartamento, onde estava Antônio.

Ele confirmou a discussão com a esposa, mas disse que o embate aconteceu quando ele tentou se matar.

Além da pistola 7.65 apreendida com a assistente social, foram encontradas outras quatro armas - uma pistola 6.35, duas espingardas e uma carabina, além de um silenciador e munições.

Todas as armas estavam registradas, mas com a documentação vencida.

Equipe do Instituto de Criminalísticas esteve no apartamento e realizou a perícia.

Apesar de ter sido preso em flagrante, a Justiça concedeu liberdade provisória ao gerente na manhã desta sexta-feira, 08, em audiência de custódia.

Segundo o advogado Bruno Cilurzo Barozzi, defensor de Antônio, o juiz considerou que não havia os elementos necessários para a prisão preventiva de seu cliente e concedeu liberdade provisória.

"Ele não representa risco à sociedade, tem emprego e residência fixa, e não causou prejuízo de ordem econômica", explicou.

O advogado vai trabalhar para desqualificar o feminicídio.


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