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Há dois meses
dentro de casa, saindo raramente apenas para o essencial, a artesã Renata
Cristina Parola tem procurado ocupar a cabeça para não "enlouquecer" em
meio a tudo o que tem acontecido. Em isolamento desde o dia 23 de março, quando
foi decretada a quarentena em Rio Preto e em várias outras cidades do país, ela
conta que este período, apesar de nada agradável, tem feito com que ela
aproveite melhor o contato com o marido, filha e pais, coisas que na correria
do dia-a-dia pré pandemia não fazia.
Cumprir a
quarentena não tem como motivo apenas a determinação do prefeito ou governador.
Ela e toda a família fazem parte do grupo de risco e temem contrair a Covid-19.
Renata acredita que apenas o isolamento social pode ajudar a amenizar a
situação.
A autônoma
Daniele Cristina de Lima também está tomando todo cuidado e cumprindo a
quarentena. Ela mora no bairro Vila Ercília com as três filhas, uma de cinco, uma de dez e outra de 17 anos. Uma delas tem doença crônica, diabetes, portanto faz parte do
grupo de risco. Ela só sai para o essencial e conta que apesar de tudo, o
isolamento fez com que ela se aproximasse mais das filhas.
Assim como
Renata, Daniele acredita que se a população estivesse cumprindo a quarentena, a
situação poderia estar mais controlada.
Para a psicóloga
Mônica Soares, o período de isolamento, mesmo que esteja cansativo, pode ser
aproveitado. Ela acredita se afastar da sociedade pode fazer com que a pessoa
se aproxime dela mesma e faça coisas que na correria da rotina não faria.
Em todo o estado
de São Paulo, a quarentena segue até o dia 31 de maio, conforme decretos. Se
houver melhora no isolamento social e no número de casos, a expectativa é de
que haja flexibilização regional a partir de 1º de junho.