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Terça-Feira, 26 de Maio de 2020 às 12:42

Dois meses de quarentena: as impressões de quem segue à risca o isolamento social

Reportagem conversou com pessoas que estão cumprindo a orientação. Elas relataram o que têm feito para distrair a cabeça. e, o lado 'bom', é que estão conseguindo aproveitar mais o tempo com os familiares. Foto: Arquivo Pessoal.

Duração: 04:42

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Há dois meses dentro de casa, saindo raramente apenas para o essencial, a artesã Renata Cristina Parola tem procurado ocupar a cabeça para não "enlouquecer" em meio a tudo o que tem acontecido. Em isolamento desde o dia 23 de março, quando foi decretada a quarentena em Rio Preto e em várias outras cidades do país, ela conta que este período, apesar de nada agradável, tem feito com que ela aproveite melhor o contato com o marido, filha e pais, coisas que na correria do dia-a-dia pré pandemia não fazia. 

Cumprir a quarentena não tem como motivo apenas a determinação do prefeito ou governador. Ela e toda a família fazem parte do grupo de risco e temem contrair a Covid-19. Renata acredita que apenas o isolamento social pode ajudar a amenizar a situação.

A autônoma Daniele Cristina de Lima também está tomando todo cuidado e cumprindo a quarentena. Ela mora no bairro Vila Ercília com as três filhas, uma de cinco, uma de dez e outra de 17 anos. Uma delas tem doença crônica, diabetes, portanto faz parte do grupo de risco. Ela só sai para o essencial e conta que apesar de tudo, o isolamento fez com que ela se aproximasse mais das filhas. 

Assim como Renata, Daniele acredita que se a população estivesse cumprindo a quarentena, a situação poderia estar mais controlada. 

Para a psicóloga Mônica Soares, o período de isolamento, mesmo que esteja cansativo, pode ser aproveitado. Ela acredita se afastar da sociedade pode fazer com que a pessoa se aproxime dela mesma e faça coisas que na correria da rotina não faria. 

Em todo o estado de São Paulo, a quarentena segue até o dia 31 de maio, conforme decretos. Se houver melhora no isolamento social e no número de casos, a expectativa é de que haja flexibilização regional a partir de 1º de junho.

 

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