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Quinta-Feira, 07 de Maio de 2020 às 15:26

Delegado processa vereador Anderson Branco por danos morais

José Mauro Venturelli (foto) foi acusado publicamente de assédio sexual, mas todas as denúncias foram arquivadas pela Polícia Civil e Ministério Público.

Duração: 03:27

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Após o arquivamento das denúncias de assédio sexual e moral pela Corregedoria da Polícia Civil, Ministério Público e Ministério Público do Trabalho, o delegado José Mauro Venturelli ingressou com ação indenizatória de danos morais contra o vereador de Rio Preto, Anderson Branco, do Partido Liberal.

Branco ocupou a tribuna da Câmara dos Vereadores em dezembro de 2018 para acusar o então delegado seccional de Rio Preto de ter feito propostas amorosas para a esposa do parlamentar, que é policial civil e, à época, subordinada à Venturelli.

Por conta dos ataques públicos e de publicações difamatórias em redes sociais, o delegado pede, no mínimo, R$ 50 mil de indenização.

A petição inicial do processo contém 60 páginas com cópias de reportagens sobre o escândalo, prints de publicações feitas pelo vereador no Facebook, vídeos no Youtube em que Branco ataca Venturelli e xérox dos procedimentos investigatórios a que o policial foi submetido, tanto na esfera cível quanto criminal.

Em trecho da petição, o advogado Luiz Sérgio Ribeiro aponta uma semelhança entre os três arquivamentos:  Os Promotores de Justiça, Procurador do Trabalho e Corregedor da Polícia Civil foram taxativos em afirmar, ao fundamentar seus pedidos de arquivamento, que não há como se desencadear uma ação penal, cível, trabalhista ou procedimento correcional, posto que o reclamante (Branco) não se logrou êxito sequer na coleta de indícios de atos de assédio moral e/ou sexual.

Procurado nesta quinta-feira, 07, o vereador Anderson Branco afirmou que ainda não foi citado, no entanto vai apresentar na Justiça novas provas contra o delegado.

O vereador acredita que vai reverter o processo a seu favor.

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A defesa de Venturelli solicitou segredo de Justiça para o processo, o bloqueio de bens do vereador- sendo dois veículos- e a exclusão de todo conteúdo difamatório publicado na internet pelo parlamentar. Os pedidos foram negados pelo juiz Marcelo de Moraes Sabbag que determinou apenas que o vereador não produza novos conteúdos contra o delegado.

A reportagem telefonou para José Mauro Venturelli na tarde desta quinta-feira, 7, mas ele desligou a ligação.

Atualmente, Venturelli trabalha como delegado-assistente no Deinter-5 e está prestes a se aposentar.

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