imagem

Quarta-Feira, 19 de Fevereiro de 2020 às 17:58

Comparsa em homicídio é condenado a 18 anos de prisão

Para o Ministério Público, Flávio Gomes de Souza contribuiu para intimidar a vítima e ajudou o atirador a fugir. Éder Bruno Alves foi morto com um tiro no peito, na frente do filho de 5 anos.

O operador de máquina Flávio Gomes de Souza, 30, foi condenado a 18 anos e oito meses de prisão pela morte do entregador Éder Bruno Alves, 33, assassinado em 2018 na frente do filho de cinco anos.

Apesar de figurar como comparsa do atirador, o conselho de sentença foi implacável com o réu que, segundo o Ministério Público, contribuiu para intimidar a vítima durante a cobrança de uma dívida, além de ter dado fuga para o assassino, Francisco Cavalcante, que é seu tio e até hoje está foragido.

Flávio foi submetido a Júri Popular nesta terça-feira, 18, no Fórum Central de Rio Preto. Ele foi denunciado por homicídio duplamente qualificado - por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.

O réu foi representado pelo advogado Odinei Bianchin, que pediu aos jurados o reconhecimento da tese de negativa de autoria, ou a desclassificação para crime menos grave, uma vez que o Flávio alega que a intenção era apenas ameaçar Éder para pagar a dívida. Apesar da estratégia, a denúncia do MP foi aceita integralmente pelos jurados.

O crime aconteceu no dia 20 de janeiro de 2018, no Residencial Caetano, e foi filmado pela companheira de Éder com um aparelho celular.

Segundo informações do processo, naquele dia, Éder saiu de casa com a esposa e um de seus filhos para comprar bebidas em um serv-festas. No caminho, mesmo acompanhado da família, ele foi abordado por dois homens em uma moto. Eram Francisco e seu sobrinho, Flávio Gomes de Souza, que cobravam uma dívida de R$ 1.200, referente a um revólver comprado por um primo de Éder, preso logo depois justamente pelo porte da arma.

Fazia uma semana que a vítima sofria ameaças para que a dívida fosse paga de uma só vez e, durante a cobrança, houve bate-boca.

Francisco atirou no peito de Éder e fugiu na garupa da moto pilotada pelo sobrinho, Flávio.

Flavinho, como é conhecido, foi preso logo depois pela Polícia Militar, o tio desapareceu.

Após dois anos de buscas sem sucesso, a Justiça decidiu desmembrar o processo de homicídio e julgar, por hora, apenas o comparsa.

Com relação ao atirador Francisco, o prazo do processo está suspenso até que ele seja capturado.

imagem