O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, o Cenipa, concluiu que o baixo nível de combustível foi o fator determinante para causar a queda do avião monomotor PT-DDB em uma casa do bairro Alto Boa Vista em Rio Preto em outubro de 2017.
Três pessoas acabaram morrendo. O piloto William Rayes Sakr e dois tripulantes, o empresário Caique Costa Caciolato e o médico Allyson Lima dos Santos. As vítimas eram amigos e retornavam de uma festa em Tangará da Serra, no Mato Grosso. Na ocasião, o piloto teria tentado pousar o avião no aeroporto, mas caiu instantes depois na piscina da residência.
O relatório saiu no último dia 9, exatos 4 anos e 4 meses após a fatalidade, e de acordo com a apuração do órgão “o cálculo incorreto de consumo da aeronave resultou em uma aproximação para pouso com uma quantidade de combustível abaixo da mínima estabelecida pelo fabricante da aeronave”.
Apesar disso, segundo a conclusão, não houve pane seca, o que já tinha sido sinalizado após um laudo divulgado em 2018 pelo Instituto de Criminalística. Isso porque no local do acidente foram coletados 20 litros de gasolina de aviação. A equipe que chegou ao local no dia dos fatos identificou forte odor de combustível e também havia combustível derramado no chão. Isso significa que não houve pane seca, mas já se falava na possibilidade de combustível insuficiente para o trajeto.
Além disso, o Cenipa ainda trouxe quatro fatores que podem ter contribuído para a queda do monomotor: aplicação irregular dos comandos pelo piloto, alteração no motor, pouca experiência do piloto e planejamento de voo. Mas apenas o último, comprovadamente, causou o acidente.
Antes do acidente, o pilotou arremeteu. A razão da arremetida não foi explicada.
