O caseiro Josimar Batista Prado foi condenado a 48 anos de
prisão pelos homicídios de Clarice Tomé de Souza Costa e Eliana Costa. As
vítimas eram cunhadas.
O crime aconteceu em abril do ano passado, na fazenda onde
as vítimas trabalhavam, às margens da estrada vicinal Décio Custódio da Silva,
entre Rio Preto e Ipiguá.
O conselho de sentença, formado integralmente por homens, aceitou
as quatro qualificadoras da denúncia de homicídio: motivo torpe, meio cruel,
recurso que impediu a defesa das vítimas e feminicídio. A pena de 48 anos
refere-se a 24 anos de cada vítima.
Apesar da condenação, o motivo do crime bárbaro que chocou a
cidade não foi revelado pelo réu, que negou a autoria do duplo assassinato.
Josimar foi representado pelo criminalista mineiro Lúcio
Adolfo da Silva, que ganhou notoriedade nacional após defender o goleiro Bruno
Fernandes e o narcotraficante Fernandinho Beira-Mar.
Durante sua fala em plenário, o defensor colocou em dúvida
todas as provas apresentadas que apontam a autoria do duplo homicídio para Josimar.
À rádio CBN, ele afirmou que vai pedir a anulação do Júri Popular com base nos
mesmos argumentos, que serão enumerados em reportagem completa a ser publicada nesta sexta-feira.