Policiais militares do 9º Baep recuperaram uma carga de 35 mil unidades de óleo de soja, furtada pelo próprio motorista responsável pelo transporte. Ele alegou ter sido seqüestrado por uma quadrilha, mas foi desmentido por câmeras de monitoramento que mostram ele chegando no barracão com um comparsa.
A Polícia Militar foi acionada pela central de monitoramento que acompanhava o transporte da carga. As caixas de óleo de soja saíram da base da Bunge, em Rondonópolis, e deveriam ser entregues no Rio de Janeiro. Mas ao perceber que o caminhão desviou da rota, o alerta foi acionado.
O GPS mostrava que a carreta estava na Estância Recreio, para onde as equipes do BAEP seguiram.
No endereço, os policiais localizaram o caminhão dentro de um barracão. O motorista Adilson Tomaz da Silva, de 31 anos, estava no local. Questionado, ele disse ter sido seqüestrado ao parar em um posto da rodovia Washington Luís, e que os criminosos teriam o abandonado nas proximidades da represa. Os pms desconfiaram da versão porque o caminhoneiro não soube explicar como ele localizou o caminhão.
A equipe identificou uma câmera na rua e, pelas imagens, constatou que Adilson chega no barracão conduzindo o caminhão, acompanhado de um comparsa que dirigia um Punto. Ele foi identificado como Rafael da Silva Segundo, de 27 anos. Morador de Rio Preto, o homem foi o responsável por alugar o barracão ao preço de R$ 1 mil a diária.
Ao serem informados sobre a presença de várias viaturas no endereço, dois irmãos, que são donos do barracão, foram até o local prestar esclarecimentos. Eles explicaram que locaram o espaço, mas pediram para que a carga fosse retirada ao desconfiarem da falta de nota fiscal da mercadoria.
Na casa de um dos irmãos, um engenheiro civil de 38 anos, a polícia apreendeu uma pistola 9mm e R$ 34.840 em espécie, que estavam guardados em um cofre.
Sobre a arma, o homem afirmou ter adquirido para defesa pessoal, mas não possuía autorização. E quanto ao dinheiro, que era relativo à sua atividade. O montante foi apreendido até que o engenheiro prove a origem lícita. Quanto à arma, por ser de uso permitido, ele pagou fiança de R$ 2 mil e foi liberado.
O caminhoneiro e o comparsa foram presos por furto qualificado – com abuso de confiança e concurso de duas pessoas.
A carga de óleo de soja, avaliada em R$ 209 mil, foi devolvida à empresa.