Um ano após a morte do delegado do Deinter Guerino Solfa Neto a juíza da 5ª Vara Criminal Gláucia Véspoli condenou os dois algozes da vítima a pena máxima de 30 anos de prisão em regime inicial fechado. Em junho do ano passado Abner Calixto, preso por roubo e interceptação de veículo e Rodrigo Costa de Lima, que cumpria pena por tráfico de drogas, foram beneficiados com a saída temporária.
Eles contaram com a carona de um amigo, Elias Fernandes do Nascimento, para chegar na BR 153 e render o delegado que estava parado com uma caminhonete no acostamento.
A intenção dos reeducandos era roubar um carro para chegar em São Paulo, mas decidiram matar Guerino quando descobriram que ele era delegado. A vítima tentou esconder a profissão, mas os criminosos acharam uma pistola .40 com o brasão da Polícia Civil no assoalho da caminhonete. Guerino foi executado com a própria arma. Abner confessou ter sido o autor dos disparos.
Apesar da tentativa da defesa em desqualificar o crime, a juíza considerou que as circunstancias da morte apontaram para latrocínio e condenou também o comparsa Elias, que contribuiu na abordagem à vítima. Por não registrar antecedente criminal, ele deve cumprir 20 anos de reclusão.
A saída temporária é concedida a presos com bom comportamento e que cumpriram um sexto da pena, se primário, e um quarto, se reincidente. O benefício tem por objetivo oferecer ao reeducando sete dias de convívio com a família até cinco vezes ao ano.
No mês passado o Centro de Progressão Penitenciária liberou 1431 presos para a saída de São João - 51 não retornaram e são considerados foragidos.