O conselho de sentença aceitou integralmente a denúncia do Ministério Público – de homicídio quadruplamente qualificado – e o juiz Cristiano Mikhail condenou a 16 anos de prisão o calheiro Paulo Adriano Ito, 34, pelo assassinato da estudante Jully Anne Esteban Martins, à época, com 19 anos.
O crime aconteceu em novembro de 2018.
O júri popular realizado no Fórum central de Rio Preto teve sete horas de duração e contou com a presença de quatro testemunhas, entre familiares da vítima e policias que atuaram na investigação do crime.
Réu primário, Ito deverá cumprir 2/5 da pena em regime fechado para ter direito de progredir para o regime semiaberto, o que representa 6 anos e 4 meses de prisão. Dois deles já foram cumpridos pelo assassino na penitenciária de Florínea, onde permaneceu preso preventivamente até o dia do julgamento.
Ao fim da sessão, o promotor José Márcio Rossetto Leite afirmou que considerou baixa a condenação e já recorreu da sentença no Tribunal de Justiça.
A morte da jovem chocou a cidade pela violência e futilidade.
Ao dizer para Ito que não pretendia mais se relacionar com ele, Jully Anne teve as mãos e pés amarrados para trás e foi morta por asfixia, com uma camiseta introduzida dentro da boca.
A vítima mantinha um relacionamento esporádico de menos de um mês com o homem: iniciou os encontros no dia 2 de novembro e foi morta, provavelmente, no dia 26. O corpo só foi encontrado, enrolado em um tapete na casa do assassino, dois dias depois.