Uma mulher trans de 24 anos foi conduzida para a Central de
Flagrantes neste sábado, 25, após sofrer um surto psiquiátrico e agredir o
companheiro, a faxineira de um hospital e um policial militar.
Durante a tarde, ela ingeriu bebida alcoólica, contrariando
recomendações médicas, já que faz uso de medicamentos para aids, tuberculose e
depressão.
A ingestão provocou comportamento agressivo e ela atacou
companheiro, um jardineiro de 24 anos. O homem telefonou para o Corpo de
Bombeiros e conseguiu remover a amásia em uma ambulância para o hospital Santa
Helena.
Na unidade de saúde, enquanto a ficha de atendimento ainda
era preenchida, a paciente sofreu novo surto e agarrou uma auxiliar de limpeza
de 53 anos, provocando lesões na vítima. Funcionários tiveram que intervir para
fazer a mulher soltar a faxineira.
Por esse motivo, a Polícia Militar foi acionada e, enquanto
se inteirava da ocorrência, um sargento de 36 anos também foi surpreendido pela
autora e acabou agredido.
Foi preciso solicitar reforço policial para imobilizar a
mulher. O companheiro dela criticou o atendimento do caso, dizendo que a amásia
deveria ter sido levada para um Hospital Psiquiátrico, e não para a delegacia.
Na Central de Flagrantes, a autora alegou que tudo foi
causado pelas restrições a que tem sido submetida, em virtude da pandemia de
coronavírus, pois não aguenta mais viver isolada.
O policial militar foi encaminhado para o Hospital de Base,
onde foi submetido a procedimentos de profilaxia.
Como nem ele, nem a faxineira, compareceram na delegacia
para representação criminal, a mulher trans foi ouvida e liberada. O caso foi
registrado como lesão corporal.