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Quinta-Feira, 27 de Maio de 2021 às 10:56

Após audiência, juiz pronuncia Igor Campos pela morte do "amigo"

Se não conseguir reverter a decisão, o rapaz irá a júri popular. Em setembro do ano passado, ele matou Guilherme Lord, com quem vivia junto, a golpes de cassetete.

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Após ouvir testemunhas e o autor do crime, durante audiência de instrução ocorrida nesta quarta-feira, o juiz Luis Guilherme Pião pronunciou Igor Campos Vieira pelo homicídio do então amigo Guilherme Lord Wilson, ocorrido em setembro do ano passado.

A defesa do rapaz recorreu da pronúncia. Se os tribunais superiores não acatarem a tese alegada por ele, de legítima defesa, Igor será submetido a júri popular.

Segundo apontam as investigações, Igor e Guilherme eram amigos há muitos anos e estavam morando juntos na casa de Igor, no Jardim das Oliveiras.

No dia 13 de setembro, durante uma discussão (supostamente por razões financeiras), Igor espancou Guilherme com golpes de cassetete. Vizinhas escutaram gritos de socorro da vítima, que teria pedido “pelo amor de Deus” para que o amigo cessasse as agressões.

Uma das mulheres alegou ainda ter ouvido barulhos do que parecia ser arma de choque, mas o instrumento não foi encontrado na casa.

Foi uma das vizinhas a primeira a se deparar com Guilherme morto dentro da casa. Ela acionou o SAMU, mas não havia mais nada que pudesse ser feito.

Laudo necroscópico aponta que o rapaz sofreu múltiplas lesões, fraturas nos ossos e quebra de dentes. E concluiu que Guilherme morreu por meio cruel.

Igor fugiu e se apresentou uma semana depois no 4º Distrito Policial. Ele alegou que pretendia abrir um negócio em sociedade com o amigo e que, no dia do crime, Guilherme exigiu o dinheiro dele de volta. O rapaz afirma que a vítima se armou com uma faca e que, para se defender, o atacou com o cassetete. A versão dele não encontra respaldo nas provas.

Após a conclusão do inquérito, o delegado Paulo Greco pediu a prisão preventiva do assassino.

Ele foi denunciado por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, meio cruel e recurso que impediu a defesa da vítima.

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