Na madrugada desta segunda-feira, 06, foi localizado e detido pela Polícia Militar o motorista de Uber acusado de estupro contra uma jovem de 20 anos.
Morador do Parque Industrial, o homem, de 31 anos, foi algemado e levado para a Central de Flagrantes por volta das 04h, onde prestou depoimento ao delegado Marcelo Parra.
Ele confirmou que foi solicitado para uma corrida e que levaria a passageira para o bairro Higienópolis, mas que durante o percurso parou o carro, um Renault Logan, embaixo de uma árvore e manteve relações sexuais com a vítima sem uso de preservativo.
Em depoimento, no Hospital de Base, a jovem afirmou que na manhã de domingo saiu da Casa Kenty com uma amiga, que desembarcou antes, e seguiu percurso sozinha com o motorista. Ela estava sentada no banco de trás. Durante o trajeto o homem tentou acariciar suas pernas e, cinco minutos antes de chegar na casa da vítima, parou o carro e passou para o banco de trás. Mediante violência, ele arrancou a roupa da passageira e a estuprou. Deixada no bairro Cidade Nova, a jovem telefonou para o SAMU e foi levada para o Hospital de Base.
Com informações sobre as características do veículo, a Polícia Militar realizou buscas e localizou o endereço do criminoso, que já registra antecedentes por crime contra a dignidade sexual.
Apesar de ter admitido a conjunção carnal, o motorista afirmou que a passageira "o convidou para comemorar seu aniversário", dizendo que a relação foi consensual.
O delegado Parra entendeu que já não se tratava mais de flagrante, porque passaram-se 22 horas do crime, e decidiu pela liberação do motorista.
Segundo as redes sociais do suspeito, ele casou há menos de um mês.
O inquérito que investiga o estupro será presidido pela Delegacia de Defesa da Mulher.
Uber - Nota Oficial
"Nenhum comportamento criminoso é tolerado e o motorista foi temporariamente desativado da plataforma assim que a denúncia foi feita. A Uber repudia qualquer tipo de comportamento abusivo contra mulheres e acredita na importância de combater, coibir e denunciar casos de assédio e violência. A empresa já está em contato com as autoridades competentes e permanece sempre à disposição para colaborar no curso de investigações ou processos judiciais. Nenhuma viagem com a plataforma é anônima e todas são registradas por GPS. Isso permite que em caso de incidentes nossa equipe especializada possa dar o suporte necessário, sabendo quem foi o motorista parceiro e o usuário, seus históricos e qual o trajeto realizado.
Todavia, independentemente da gravidade do caso, a Uber só pode compartilhar dados respeitando a legislação aplicável, em especial o Marco Civil da Internet. O Marco Civil da Internet é a lei federal que regula qualquer tipo de compartilhamento de dados no Brasil e proíbe o compartilhamento de dados pessoais com terceiros, exceto nos casos expressamente previstos em lei.
A Uber reitera que todos os motoristas parceiros passam por checagem de antecedentes criminais, na forma da lei, que consulta informações de diversos bancos de dados públicos de todo o País."