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Terça-Feira, 02 de Abril de 2019 às 18:12

Acusada de matar a filha vai à júri nesta quinta-feira

Em março de 2017, Aline de Souza Silva entrou na UPA Vila Toninho carregando a pequena Emanuella, morta, nos braços. Laudo do IML indicou politraumatismo e, durante as investigações, a mãe assumiu que agrediu a bebê de apenas um ano e quatro meses.

Duração: 03:46

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Está marcado para quinta-feira, dia 04 de abril, um dos juris populares mais aguardados deste ano. Quem ocupa o banco dos réus é a empregada doméstica Aline de Souza Silva, de 21 anos, acusada de matar a própria filha, uma bebê de um ano e quatro meses. A mulher foi pronunciada por homicídio triplamente qualificado: por motivo torpe, meio cruel e mediante recurso que impediu a defesa da vítima.

Na noite de 03 de março de 2017, Aline entrou na UPA Vila Toninho carregando a pequena Emanuella Santos nos braços. Segundo o boletim de ocorrência, ela já não apresentava sinais vitais. Constatado o óbito, o médico plantonista desconfiou de lesões no corpo da criança e chamou a polícia.

Na ocasião, Aline prestou depoimento na Central de Flagrantes e foi liberada. Em entrevista à rádio CBN, ela reafirmou o que disse ao delegado: que Emanuella tinha caído do sofá e batido a cabeça.

Dois dias antes de morrer, a bebê começou a vomitar todo alimento sólido que ingeria.

"Achei que era por causa dos dentinhos que estavam nascendo. Decidi levar na UPA porque ela estava muito fraca, não sabia que ela estava morrendo", disse em entrevista gravada por telefone.

Durante as investigações realizadas pela Delegacia de Defesa da Mulher, um laudo emitido pelo Instituto Médico Legal apontou lesões no órgão sexual da criança. O primo do pai de Emanuella chegou a ser preso, suspeito de cometer os abusos, mas foi inocentado. Para a delegada Dálice Ceron, Aline provocou os ferimentos.

Durante a reconstituição do crime, ela acabou assumindo que agredia a filha.

Uma das estratégias adotadas pelo advogado João Dias será o depoimento da mãe de Aline sobre os abusos sexuais sofridos pela ré na infância.

Apesar disso, psicólogos que analisaram a ré não identificaram evidências de desvios de comportamento.

O promotor Marcos Antônio Lelis Moreira foi designado para fazer a acusação.  A pena para o crime de homicídio qualificado varia de 12 a 30 anos de prisão.

Aline tem outros três filhos, todos menores de idade. Ela aguarda o julgamento presa na penitenciária de Tremembé.

O júri popular começa às 13h30, no Fórum central de Rio Preto. 

 

 

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