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Quinta-Feira, 18 de Junho de 2020 às 12:08

"Absurdo"

Presidente do Mirassol, Edson Ermenegildo, critica postura do governador João Dória em liberar treinos apenas em 1 de julho. Fotos: Divulgação

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Após se reunir com o presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Reinaldo Carneiro Bastos, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) cravou nesta quarta-feira (17): os clubes paulistas de futebol da primeira divisão só estarão liberados para retornar aos treinamentos a partir do dia 1º de julho e o estadual segue sem data para a volta dos jogos. Nos bastidores, comenta-se que a decisão do chefe do poder executivo paulista irritou os dirigentes de clubes e da FPF, que pretendiam voltar aos trabalhos imediatamente.

Na região, o presidente do Mirassol, Edson Ermenegildo classificou a decisão de João Doria como “absurda”. O que mais irrita os cartolas paulistas, de acordo com o site Globoesporte.com, é o fato de comércio e shoppings estarem abertos. “É muito estranho tudo isso. Nós esperamos que o nosso presidente da FPF [Reinaldo Carneiro Bastos] entre em contato com o governo do Estado e peça uma reconsideração a esse respeito. Hoje todo mundo sabe que com o protocolo que foi feito é muito mais saudável, muito mais seguro ao atleta fazer os exercícios no CT de uma maneira individual, sendo totalmente testado para saber se está contaminado ou não, do que ir ao shopping, ir ao supermercado ou qualquer local público que o governador já liberou. Você pode ir ao shopping center e não pode ir no CT e treinar individualmente a parte física, o condicionamento físico? Isso para mim é um absurdo”, cravou o dirigente do ‘Leão’.

Ermenegildo destacou uma mudança de postura do governador de SP. “O Mirassol Futebol Clube não entendeu o posicionamento do governador a respeito da liberação dos treinos físicos individuais dos atletas somente a partir de 1 de julho. Aliás, na noite de terça-feira [16], o vice-governador Rodrigo Garcia já havia comunicado ao deputado estadual Antonio Olim [PP-SP], que também é presidente do Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo [TJD-SP] de que no dia seguinte [quarta] o governador já iria anunciar a liberação à partir do dia 15 [de junho], salvo engano. E estranhamente ele mudou de posição”, questionou o presidente do Mirassol.

O mandatário duvida também dos meios utilizados por João Doria para chegar à conclusão de liberar os treinamentos apenas para o início do próximo mês. “Muito estranho tudo isso. Primeiramente porque não foi justificado cientificamente o motivo desta decisão do governador. Não vejo com muita lógica isso tudo. Como o governador pode dizer que no dia de hoje não pode e que daqui 15 dias poderá? Como é que ele pode saber que a situação da questão da pandemia vai ter uma modificação em apenas 15 dias?”, questionou Edson Ermenegildo.

BRIGA POLÍTICA

Ainda de acordo com o GloboEsporte.com os clubes acreditam que o governador João Doria quis usar o futebol para se contrapor ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), de quem é adversário político. Na quarta-feira, o presidente recebeu jogadores e cartolas em Brasília e, possivelmente, estará no Maracanã nesta quinta (18), quando o Flamengo enfrenta o Bangu no retorno do Campeonato Carioca.



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