Semana curta, um mês e meio para acabar o ano, projetos irrelevantes em pauta no Legislativo, Câmara nova, novo governo.. tudo para ser um fim de ano cheio de marasmo político em Rio Preto, certo? Totalmente errado. A semana mais curta foi cheia de emoções e reviravoltas, com Justiça Eleitoral e Polícia Federal trabalhando como nunca. Agora, nesse momento, agentes da PF cumprem mandado de busca e apreensão no bairro João Paulo Segundo na casa de eleitores supostamente beneficiados por um esquema de compra de votos pelo presidente da Câmara Fabio Marcondes. Os suspeitos aparecem em lista de um assessor de Marcondes e teriam recebidos mimos para votar no vereador reeleito em votação histórica em Rio Preto. A situação de Marcondes, que já teve a PF na porta da sua casa, é delicadíssima e dificilmente ele conseguirá tomar posse em primeiro de janeiro. Ontem tivemos também ação da Polícia Federal contra o advogado e vereador eleito Jean Dornelas. Dois ex-cabos eleitorais disseram que eram obrigados a levantar os nomes, títulos eleitorais e escolas de votação de ao menos 50 eleitores e repassá-los a um assessor de Dornelas. O advogado, claro, nega a acusação, mas os dois homens voltaram a confirmar a denúncia. E tem um terceiro vereador, Maurin Ribeiro, também acusado de trocar votos por abastecimento em postos de combustível. Some-se a isso o fato de mais da metade dos vereadores estar com problemas de prestação de contas, e também o prefeito eleito Edinho Araújo está nesse meio, e você terá um caldeirão borbulhante e fervente de novidades políticas. Novidades, claro, que provocam pânico nos políticos – e também alimentam a esperança de que as maracutaias, se acaso ocorreram, não passarão impunes.
